A fonte de alimentação é o dispositivo responsável por converter a energia elétrica da tomada (110/220V no Brasil), em energia apropriada – tensões 5V, 12V, 3,3V – aos componentes do computador. Para isso, convertem corrente alternada AC – a energia recebida por meio de geradores – em corrente contínua DC, uma tensão apropriada para uso em aparelhos eletrônicos. É um equipamento que deve ser escolhido e manuseado com cuidado, afinal, qualquer erro pode resultar em fornecimento inadequado de eletricidade ou em danos à máquina.
O ATX (Advanced Technology Extended) é o padrão mais utilizado nos dias de hoje surgiu no ano de 1995 e foi criado pela Intel. Especifica formatos de gabinetes de computadores e de placas-mãe. O padrão ATX, na verdade, é uma evolução do último, portanto, houve melhoras significativas. Ao contrário do padrão AT, não é possível encaixar o conector de forma invertida, proporcionando segurança na montagem, o formato do conector foi alterado e as fontes ATX incorporaram contatos adicionais, que permitem que a fonte seja ligada e desligada via software, pois conta com um sinal TTL (Transistor-Transistor Logic) chamado Power Supply On (PS_ON). Quando o computador está em uso a placa-mãe mantém um nível de tensão baixo para o PS_ON, já quando em desuso o nível de tensão do PS_ON permanece alto. Essa fonte incluiu a tensão 3,3V, utilizada por diversos componentes e não mais somente os 5V e 12V.
O sinal PS_ON depende da existência do sinal 5VSB (Standby). Esse recurso proporciona ao computador entrar em modo descanso, ou seja, permite que determinados circuitos sejam alimentados quando as tensões em corrente contínua estão suspensas, mantendo ativa apenas a tensão de 5 V.
Tensões das fontes
As fontes de alimentação fornecem as tensões: +5V, -5V, +12V, -12V, +3,3V e +5VSB (Standby).
As saídas de +3,3 V e +5 V são mais direcionadas a dispositivos menores, como chips de memória. A tensão de +12 V é utilizada por dispositivos que consomem mais energia, como HDs e drives de DVD ou Blu-Ray. As tensões de -5 V e -12 V são pouco utilizadas, pois serviam ao antigo barramento ISA.
Há dispositivos que exigem voltagens menores. Memórias RAM do tipo DDR3, por exemplo, podem trabalhar com +1,5 V. Para esses casos, a placa-mãe conta com reguladores que convertem uma saída de voltagem da fonte de alimentação para a tensão necessária ao componente em questão.
Potência das fontes
A especificação mais importante de uma fonte é a potência, normalmente é indicada no nome do produto. A potência é medida em Watts (W) e serve para você ter noção de quantos componentes podem ser alimentados, quanto maior for o número de Watts de uma fonte, maior será a sua potência e mais placas e periféricos poderão ser alimentados por esta fonte. Assim, fica claro que uma fonte que forneça 600 W, por exemplo, pode alimentar um computador que necessite no máximo desse valor.
Eficiência das fontes
A eficiência relaciona, em porcentagem, a quantidade de corrente da rede elétrica que está sendo fornecida a fonte com a que ela entrega. O valor rotulado indica o que ela entrega aos componentes do computador, entretanto, a energia necessária para produzir tal potência é sempre superior. Por exemplo, para entregar 100 watts de energia, uma fonte precisa puxar 125 watts da tomada com uma eficiência de 80%.
PFC (Power Factor Correction)
O sistema PFC Fator de Correção de Potência, é utilizado para otimizar o máximo possível do consumo de energia reativa que a fonte extraí da rede elétrica. Cada vez que um novo ciclo de corrente alternada chega até a fonte, origina-se a potência reativa que é exigida pela fonte no início de cada ciclo e rapidamente devolvida ao sistema, repetidamente. Ao trabalhar com a energia reativa, a fonte gasta mais energia e reduz sua eficiência. O PFC resolve esse problema.
Algumas peças adicionadas à fonte conseguem reduzir o problema da energia reativa. Entretanto, existem fontes com PFC ativo e PFC passivo, e fontes simples, que não trazem o PFC e não reduzem o consumo de energia.
O sistema eletrônico do PFC passivo é composto por alguns indutores e capacitores, que tentam de maneira singular trabalhar com a energia reativa. Sua eficiência é de até 80%, com perda de energia variável entre 20% e 30%.
O PFC ativo é composto por um circuito integrado, diodos e outras peças. têm eficiência de até 99%, garantindo uma perda de energia entre 1% e 5%.
Conectores das fontes
Devido à quantidade de componentes existentes, foram criados padrões de conectores para a conexão dos dispositivos. Desse modo, um HD possui um conector diferente do que é usado para placas de vídeos. Enfim, ocorre que atualmente existem diferentes “pinos” para cada produto. A depender do tipo de processador utilizado, a fonte pode ter outras configurações de conectores. Existem cinco versões modificadas do padrão ATX de fonte, utilizados em tipos especiais de processadores, que são:
WTX: Conector principal de 24 pinos, utilizado pelos processadores Pentium II, Pentium III, Xeon e Athlon MP.
AMD GES: Conector principal de 24 pinos, além de um conector secundário de 8 pinos, utilizados por alguns processadores Athlon de núcleo duplo.
ATX12V: Conector principal de 20 pinos, além de um conector secundário de 4 pinos e um conector terciário de 8 pinos, utilizado por processadores Pentium 4, Athlon MP e Athlon 64.
EPS12V: Conector principal de 24 pinos, além de conectores secundário e terciário de 8 pinos, utilizados por processadores Xeon ou Opteron.
ATX12V 2.0: Conector principal de 24 pinos, além de um conector secundário de 4 pinos, utilizado por processadores Pentium 4 e Athlon 64.
Ventoinhas das fontes de alimentação
A refrigeração de uma fonte está basicamente mantida ao cooler que ela traz para realizar a ventilação dos componentes internos. Ao adquirir uma fonte, é importante observar o tamanho do cooler, o nível de ruído e a quantidade de rotações por minuto. Funciona como um exaustor, puxando o ar quente que está no gabinete do computador para fora.